segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Edvaldo Pereira Lima fala sobre jornalismo literário na F2J


O jornalista e escritor Edvaldo Pereira Lima esteve presente na Faculdade 2 de Julho, no dia 29 de setembro, para falar um pouco sobre o Jornalismo Literário. Pereira inicia sua palestra explicando como surgiu esta categoria para o jornalismo. De forma detalhista, narrou como Euclides da Cunha escreveu sobre a guerra de Canudos, ocorrida no estado da Bahia.

Pereira destacou que jornalismo literário não é ficção, fantasia e sim uma forma diferenciada do jornalismo, mas não deixando de existir os fatos verdadeiros e apurados. O jornalista dividiu em etapas as formas de fazer jornalismo literário. A primeira foi o jornalista sair do ambiente da redação e ir a campo em busca de informações, além de vivenciar os acontecimentos, juntamente com personagens. O segundo é a humanização, ou seja, as pessoas não devem ser tratadas como fontes. Assim também, o jornalista deve colocar em primeiro lugar a história dos personagens. “O ser humano deve ter destaque”, disse o autor.




O terceiro destaque foi referente ao mergulho, compreensão da realidade, o contato com o próximo, viver a vida dos personagens. Uma das principais marcas do jornalismo literário, segundo Pereira é a arte de conter história, descrição, estrutura narrativa, sendo este a quarta parte que compõe o gênero. A construção de cena a cena também merece destaque para Pereira. Todos os detalhes, as seqüências de ações que ocorre na história. Assim, o leitor pode sentir-se mais presente, vivenciar a história como o próprio autor esteve presente.

O simbolismo, a realidade do factual, a intuição do autor da história deve está explicita no texto. A emoção faz com que o leitor possa se colocar no lugar do outro ao ler aquelas linhas que descrevem a situação.

Edvaldo também falou sobre o surgimento da pauta para o jornalismo literário. Ela nasce do jornalista, o mesmo deve ter um olhar para sua curiosidade e ir a busca das informações, chagando até aos personagens. Ele recomenda: “Saia, vá a campo, vivencie um pouco a vida da sua fonte. Dessa forma a pauta será poderosa. Dê atenção ao que mexe seu coração”, disse Lima.

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